O trabalho feito pela jornalista Hilke Fischer nos permite de forma rápida entender um pouco sobre a transformação do trabalho ao longo da história. Muitas mudanças já ocorreram e muitas ainda vão acontecer, mas sempre estará presente o indivíduo, isolado e coletivamente, em algum momento do tempo, em algum ambiente específico e realizando alguma atividade, seja totalmente profissional ou não.
Estamos sempre em movimento, mas ultimamente parece que estamos mais acelerados, fazendo muitas coisas simultaneamente e utilizando os mais diversos recursos, principalmente tecnológicos, o que nos permitirá construir uma nova etapa dessa jornada.
Mas será que estamos caminhando para o “Admirável mundo novo (do trabalho)” como colocado por Hilke? Certamente podemos perceber inúmeras iniciativas que auxiliariam nessa construção, mas quem está guiando este processo?
E este movimento, o Trabalho em Metamorfose, foi idealizado com base em percepções sobre reações aos movimentos atuais no mundo, evidenciado por um momento delicado de saúde mundial que ensejou numa readequação emergencial da realização de diversas atividades. Por este motivo o primeiro ciclo do movimento traz como recorte o Trabalho Remoto, buscando reduzir assim a complexidade das análises.
Para trazer algumas reflexões sobre as reações percebidas, importante trazer alguns conceitos físicos para tentarmos traçar um paralelo com o mundo do trabalho:
“Força: qualquer agente externo que modifica o movimento de um corpo livre ou causa deformação num corpo fixo.”
«Earth Observatory, Glossary». NASA. Consultado em 9 de abril de 2008. Arquivado do original em 11 de abril de 2008
1a Lei de Newton (Princípio da Inércia): diz que um corpo em repouso tende a permanecer em estado de repouso e um corpo em movimento uniforme em uma linha reta, tende a permanecer em movimento constante (a menos que uma força atue sobre ele).
3a Lei de Newton (Princípio da Ação e Reação): explica que todas estas forças são interações entre diferentes corpos e que entre estes não há uma força unidirecional atuando um único corpo. Sempre que um primeiro exerce uma força em um segundo corpo, o segundo corpo exerce uma força no primeiro corpo, igual em magnitude e contrária em sentido.
Ou seja, os processos de transformação históricos são conduzidos, ou induzidos, por inúmeras forças que ensejam no aprimoramento do sistema, e por reação, forças contrárias são criadas, na intenção de se buscar o equilíbrio, individual ou coletivo, ou até mesmo por aversões às mudanças, ou necessidade de manutenção do estado de inércia.
Alguns sistemas se fortalecem como grupo, onde internamente é buscada a harmonia para reagir a um movimento externo, mas em outros a reação é desorganizada pois são reações individuais, onde os indivíduos que se apresentam como “resilientes” ganham maior reconhecimento.
Neste último caso, muito constante nos nossos sistemas corporativos, naturalmente surgem os adoecimentos de boa parcela dos indivíduos, cujos sintomas são reprimidos na maioria esmagadora das vezes para evitar represálias que podem resultar, em casos extremos, na exclusão dessas pessoas da própria cadeia produtiva do trabalho. Porém, relações de confiança possibilitaram que essas percepções fossem comprovadas por meio de desabafos desesperados dos mais diversos profissionais de alto gabarito e de talentos inquestionáveis, mas que estão à beira de um colapso.
O movimento começou escutando alguns especialistas de áreas distintas de conhecimento, mas ainda há muito conhecimento para trazer, auxiliando no aprofundamento em diversos temas, contando com a participação efetiva de todos os principais “personagens dessa trama”.
E qual a solução?
Não há uma resposta, haja vista que no limite (conceito matemático) a solução ampla estaria na atuação individualizada. Porém, não sendo possível ainda atingir este nível de detalhamento de soluções, o movimento surge para se posicionar como o ambiente propício para a construção dos modelos mais apropriados para os mais diversos cenários e espaços.
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